segunda-feira, 15 de setembro de 2014

ENTRELINHAS AGESC Nº4 # ANTONIO CABRAL FILHO - RJ

ENTRELINHAS
Boletim Informativo da AGESC
Associação Gonçalense de Escritores
Ano III Nº 4 Novembro 1995
Editores
Antonio Cabral Filho
Uíres Marins
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ÚLTIMA EDIÇÃO
do boletim, uma vez que aqui a proposta de criação de uma entidade que aglutinasse escritores gonçalenses estava comprovadamente fora de questão. Não foi falta de talento da equipe fundadora. Ao longo de dois anos, Antonio Cabral Filho, Uíres Marins, Denoir Souza, Ana Paula Pardal, Méri Cardoso, entre tanta gente boa e ativa culturalmente, realizamos dezenas de eventos como recitais, musicais, lançamentos de livros, proferimos palestras em congressos, seminários sobre produção cultural, oficinas literárias etc, enfim, talento na tentativa de construir uma entidade que promovesse a produção literária gonçalense, não faltou. Faltou sim, do meu ponto de vista,  compreensão política dos criadores de cultura  para entenderem a grandeza do projeto. É justamente por isso que a maioria dos escritores morrem no ostracismo, porque lhes falta politização suficiente para entenderem a importância de se organizarem enquanto categoria social, para a partir daí adquirirem representação, seja frente à sociedade, seja frente ao estado e, sobretudo, frente à sociedade civil, aonde podem ir angariar recursos para veicular a sua produção.
Sem isso, babau!
No entanto, não se trata de desqualificar o trabalho de ninguém, mas nós jamais faríamos uma entidade para EXPLORAR quem quer que seja. Parabenizamos o trabalho de Academia Gonçalense de Letras e Artes, mas infelizmente, ela serve apenas a um reduzidíssimo grupo de amigos e a isso se restringe. Isso nós jamais faríamos e se assim o quiséssemos, bastava registrar a nossa entidade e começar a agir como se representássemos alguma coisa. É aí que reside o perigo. O que o Brasil tem de ONGs que se restringem a realizar as aspirações de um "capo" não tá no gibi!
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